Chuaá! Chuaá!
J. Norinaldo.
Quando a areia subir aos
telhados, e a montanha parar de crescer, quando a selva voltar novamente e o
homem parar de nascer; quando o oceano ficar livre das velas e ninguém o chame
de mar, quando as vagas livres ao vento, voltem novamente a cantar: chuaá, chuaá.
Quando o manto negro da noite
recortado apenas pelo luar, enquanto a onda mansa, avança na praia a cantar:
chuaá, chuaá!
Onde estará a lembrança, do homem
que aqui viveu, e que deixou esse mundo, diferente do que recebeu, com rios
pesados de lama, que alimentavam este mar cujas ondas já nem conseguiam cantar:
chuaá, chuaá.
Quando a areia subir aos
telhados, o sol simplesmente voltará a brilhar, o manto da noite novamente é
cortado pelos raios da lua que atingem o mar regendo as marés que por sua vez
fazem a onda cantar: chuaá! Chuaá!
Sem comentários:
Enviar um comentário