A Loucura.
J. Norinaldo.
O meu semelhante está louco, é
loucura de inverno talvez, não consegue sentir inveja e em tudo sente perfume,
já não sabe mais o que é ciúme perdeu toda a sensatez. Eu tenho medo dos
loucos, ainda bem que são poucos e vivem longe de mim, pessoas que vivem a
sorrir e dizem o que querem dizer, que veem beleza em tudo e pintam a vida como
a querem ver, Deus me mantenha bem longe, louco jamais quero ser. Hoje vi meu
vizinho sorrindo, procurei e não vi o motivo, anotei o seu nome na lista dos
loucos, afinal é pra isto que vivo; se não vejo a loucura dos outros, então meu
Deu para que sirvo? E tenho que está precavido, para não viver sorrindo a toa,
e até escrever nos murais, o que pode ficar pros anais; que a loucura é boa. E
você está rindo de que, me dá depressa um motivo, senão eu escrevo teu nome na
lista dos loucos, afinal é pra isto que vivo, e para temer a loucura para outra
coisa não sirvo. Não quero a loucura de inverno, outono primavera ou verão,
acredito que não valha a pena, ser feliz, numa só estação.
1 comentário:
Pode anotar meu nome na tua lista de loucos...rsrsrs... Vera Mosmann
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