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sábado, 2 de junho de 2012




Da Caverna para a Caverna.
J. Norinaldo.


Navegar no raso em barcos de papéis, sem que o albatroz te venha ao convés, naufragar com a brisa que te acaricia, ou com a vaga mansa que te beija os pés. Represar o grito que liberta a alma, que a vida acalma como a pradaria, sem tentar mudar a curva da estrada, enquanto a passarada canta ao teu redó; não temer jamais o espelho franco, não fugir do banco da espera eterna, lembrar que a caverna ainda está lá, somente a fogueira é que foi apagada, mas não custa nada acender o fogo e prosseguir o jogo é só se acorrentar. Lembrar de Platão que fez a fogueira, porém a caverna já estava feita e as toscas figuras que podiam ver, hoje somos nós que vemos, em LCD.

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