No Ventre da Noite.
J. Norinaldo.
No ventre da noite que gesta o
escuro, que escreve o futuro no manto do medo, e esconde o segredo que afoito
geme, como a avenca que treme na parede do poço. Na rapidez do raio o sibilar
do chicote, quando a luz de um archote apaga o escuro, e em letras douradas a
menção ao futuro que chega e jamais fica a esperar o presente. O escuro é mais
frágil que o talo da avenca, o manto do medo uma tela na parede do poço, e o
ventre da noite gestante do escuro, dá a luz ao futuro quando o archote é
aceso.
Sem comentários:
Enviar um comentário