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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017




Insano Voo.
J. Norinaldo.



Num insano voo na busca do livre, de abstratas togas e brancas perucas de sentenças vãs e lianças nulas; de ditadores e reis de ovelhas e mulas, sem nuvens grossas a me tolher as asas, sem covas rasas para esconder a vida. Nesse insano voo busco a liberdade, uma entidade de que ouvi falar, e que alguém atesta que está comigo, pelo simples fato de pode voar; de que me adianta se o destino do pouso me é oculto e ensaiar saber pode ser insulto a abstratas togas de perucas falsas. No insano sonho de voar mais alto, de ver o asfalto como uma escrita; quiçá das perucas falsa a sentença maldita. Posso estar livre sem estar liberto, voando baixo sobre um deserto, onde as miragens sejam verdadeiras como  a luz na treva, e as sentenças das falsas perucas, corcovas de areia que o vento leva.

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