Navegar e Sonhar.
J. Norinaldo.
Quando o navegar se faz longe do mar, e o naufrágio é descer do calvário, o importante é a imagem do retrovisor, não importa o conflito entre o espelho e a alma, ou o rumo da quilha de uma nau a deriva; não há luz que clareia a ideia de um túnel, nem poder que desfaça a curva do rio. Nenhum sábio revela o poder da alquimia. Enquanto a busca se fizer por etapa, por grupos e castas a verdade não vem; caminhos construídos para o mal e o bem que navegam e naufragam no deserto e no mar. Se conseguem cruzar a curva do rio, o espelho prossegue sendo o crupier, sempre dando as cartas e jogando de mão, segurando o timão e apontando o rumo, é da balança o prumo entre o mal e o bem, na promessa de em fim navegar, não mais longe do mar, num oceano de amor.
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