Ardor e Desprezo.
J. Norinaldo.
Se o vento atrevido te ergue a saia,
E te deixa constrangida em plena rua,
Aos olhares cobiçosos dos passantes,
Imagina o que causa aos teus amantes...
Quando rolas na alcova plena e nua.
Embevecidos transeuntes a sonhar,
Com a tela que o vento pinta ao vivo,
Da efêmera visão das tuas coxas,
Do teu rosto corado sem motivo,
O que torna este sonho mais lascivo.
Quantos sonhos tu inspiras a cada noite?
Quanto archote de paixão manténs aceso?
Mas não esqueces que a beleza também passa,
E que algum dia um outro vento brincalhão,
Poderá erguer-te a saia, a olhares de desprezo.
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