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segunda-feira, 24 de maio de 2010


Poeta e Poesia.
J. Norinaldo.

É fácil falar da fome diante de um banquete,
Ou então ver a miséria da porta de um palacete,
Dizer da taça de fel sem conhecer seu amargor.
Difícil é descrever a beleza a ternura,
Destilar um rosário de candura,
Num labirinto se contorcendo de dor.

Estaria certo o safado do Charles Bukowski?
Que para se escrever poesia precisa-se muita dor,
Ou o mestre Patativa do Assaré nosso poeta matuto?
Ninguém escreve meu sertão do conforto em que está,
Se não conheces um pouco do meu sofrer...
Não precisa me entender, cante lá que canto cá.

Para muitos poesia seria somente falar de amor,
Saber o nome da flor que mais encante um vivente,
Mas o poeta precisa escrever o que a alma dita,
Mesmo não sendo bonita a poesia se sente,
As vezes relendo algumas que escrevi no passado...
Que queria ter apagado da minha vida presente.

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