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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011



Época da Colheita.
J. Norinaldo.



Vivo a me esconder dos meus medos,
Por detrás das grades da liberdade,
Tentando disfarçar os meus degredos,
Digitando de algum modo a inverdade;
Para alguém que quiçá adore enredos,
Apenas para agradar sua louca vaidade.

A minha idade nada tem há ver com isso,
Mas tem muito com a artrite que me entreva,
Sé é a época da colheita, assim será colherei,
Pois de tantos jardins que pela vida plantei,
Hoje olho e vejo para colher apenas erva,
Se sou feliz, não me pergunte, pois não sei.

Quando acordo e vejo o sol banhando a terra,
Ou quando a noite a lua surge prateada,
Novamente os meus dedos tagarelam,
E denunciam os meus medos numa tela;
Que vai surgindo aos meus olhos, fomatada,
E os meus segredos se revelam para nada.

Diz um ditado popular será verdade?
Quem planta vento um dia colhe tempestade?
Aonde estão as poesias que em corações plantei?
Para um dia colher para mim essa felicidade?
Ou na verdade foi tudo errado o que fiz?
Se sou feliz, não me pergunte, pois não sei.




2 comentários:

Luna Di Primo disse...

quanta beleza na sua página e poesias...Beijos de Luna

Unknown disse...

não sou muito de ler poesias,sou de escrever as minhas anonimamente,mas estou aprendendo a gostar de ler as suas,elas são de tocar no fundo da nossa alma...!sou capaz de ler e imaginar tudo em modos claros como as águas e com muito sentimento eu me identifico...!Ana Paula de Paula,obrigado pelas poesias que tem me mandado...!