Meu Olhar.
J. Norinaldo.
Limito-me a olhar o firmamento,
Por vezes refletido sobre o lago,
Ouvir a voz do vento a murmurar:
Sentido a chuva fina como afago,
Tentando ver na beleza da flor,
O colorido da vida e do amor.
Nadando as vezes contra a correnteza,
Sem certeza se a margem alcançarei,
Fugindo dos dragões da minha infância,
Dos fantasmas que eu mesmo criei,
Sentindo o cheiro de água podre...
Dos rios que eu mesmo sujei.
Buscando alguém que tenha culpa,
Invejando o mais vil sentimento,
Lutando com forças de gigante,
Pra não cair no rol do esquecimento,
Sentindo a chuva fina como afago...
Sem decorar a canção que canta o vento.
As miragens do deserto que alucinam,
Calcinam a mente e enlouquecem,
Felizes dos loucos que deliram;
Loucos são aqueles que esquecem
Que existem desertos nas miragens
Mensagens que não nunca aparecem.
1 comentário:
Meu amigo, como gosto do que voce escreve! Não se detenha, continue sendo esta pessoa sensivel e poética. adoro ler o que voce escreve! Bjssss
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