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sábado, 8 de setembro de 2012



Alma Vazia
J. Norinaldo.


Com a mente cheia e a alma vazia, numa noite fria caminho sem rumo, não presto atenção nos rastros que deixo ou nos cães que se enroscam sob as marquises, nem nos seres felizes que murmuram nos parques. Com sapatos rotos que há tempos carregam, um fardo com peso sem nenhum valor, com a mente cheia e os bolsos vazios, nos dias mais frios não busca calor. E assim vou seguindo os caminhos que encontro, sem nenhuma certeza escolhendo a esmo, não sei o que busco, tampouco o que sigo, ou mesmo persigo o vazio em mim mesmo. Sem rumo e sem plano assim vou seguindo até quando cair, também não sei se levanto ou se vou desistir, levantar talvez só não sei para que, do que desistir nem quero saber. Só quando estiver com a mente vazia, a alma se enche de plena alegria, quando os passos pararem na hora certa, a alma liberta e a noite jamais será fria.


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