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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016




O Trem Para o Futuro.
J. Norinaldo.



Este é o trem para o futuro, apesar da estampa do passado, quem não a guardar em um lugar bem guardado, depois só verá n’algum museu, as arvores e os pássaros que nelas cantam, ainda cantarão em alguma antena, árvores metálicas sem vida de verdade que direcionam as ações da humanidade. Pássaros carnívoros e  ferozes cuja s vozes imitarão as  dos tiranos, que destruíram as florestas e drenaram os pântanos em nome do lucro e da ambição; hoje vivem uma vida de zumbis, colocando lama do esgoto nas cantis para ir a guerra contra o seu próprio irmão. A última parada desse trem eu desconheço e como embarca quem quiser eu vou ficar minhas moedas não chegam para a passagem e minha bagagem iria me envergonhar e não me servir de nada; como hoje ouvi falar de maiô, de bangalô e saia plissada. Quem vai se avexe porque o trem não esperará ainda bem que vou ficar na primavera, quiçá sozinho aqui com meus pensamentos, sei que haverá momentos em que me arrependerei; quem sabe o chefe do trem por piedade, reserve o último vagão para a saudade dos que não tiveram moedas para a passagem e cuja bagagem estava fora do padrão. O que farão do velho trem lá na chegada; darão risada de algo tão antiquado e a pergunta com certeza mais frequente: Então era assim que se viajava antigamente? E a sombra pescando num racho do passado, só em um mundo há pouco abandonado por seus filhos, ainda ouço o barulho do trem nos trilhos dos que se vão para um futuro onde  talvez sejam tele transportados.

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