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domingo, 6 de novembro de 2016





A Trilha da Vida.
J. Norinaldo.




No final da trilha, mesmo que não sinta mais os pés e a minha camisa xadrez pese como chumbo e veja o caminho se fechar como uma porta, quero esquecer a dor das chagas, sem mais tempo para chorar, quero ignorar a longa estrada, mesmo por não poder voltar, olhar as minhas últimas pegadas, sabendo que o vento as apagará; mas tudo de bom que edifiquei, tudo que na trilha deixei; o tempo se encarrega de guardar. Se este paragrafo está grande, é que ainda consigo respirar, ainda ouço uma canção que vem de longe, e as asas de Condor sempre a plainar, em fim a linha do horizonte, parou de brincar de esconde, esconde e deixou eu me aproximar. O xadrez da camisa é colorido e os pés que não sinto sei que existem, para que os pés sem mais caminho? Para que a vida para eu sozinho? Por que o tamanho do Condor, se me contenta um passarinho, por que me importar com uma pegada, se na verdade não são nada; quando fizer parte da poeira do caminho? Ah! Como me sinto bem, ao saber que não estou sozinho e que piso onde já pisou alguém, e que todos um dia pisarão, com certeza serve para você também.

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