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terça-feira, 31 de outubro de 2017





Rio Una
 J. Nori


Meu querido  Rio Una, reúna minhas ideias e me dê inspiração para escrever um poema do fundo do coração, que venha nos relembrar nos entardecer de outono o canto de uma graúna, ou nas noites de são João o a beleza de um balão ou o trovejar da Ríúna. Meu querido Rio Una ainda lembras de mim? Eu acredito que sim, pois de um amor não se esquece; toda vez que você cresce, ou seja numa enchente, enche de verde esses campos onde eu brincava contente. meu querido Rio Una e a tua água saloba, por tanto tempo escondida como o simbolo de arroba, para nós tão importante como foi para Roma a Loba. Ah! Meu querido Rio Una, quantas vezes em pensamento naveguei todo teu leito, as velas do barco eram meu peito, estufado de orgulho; conheci tantos, rios, mares, mas jamais esqueci o meu primeiro mergulho. Hoje vivo e moro ao Lado do Rio Uruguai, que para o mesmo lugar vai onde sempre o Una foi, no seu destino final, não importa o seu tamanha, ou quem nele tomou banho, todos eles serão mar. Mar onde já naveguei, e em noites escuras com as asas da graúna, me lembrei do Rio Una ao olhar a imensidão, assim como eu um minúsculo grão saído de Cachoeirinha, onde o Rio Una Passa, vez por outra com pirraça causando inundação; depois ficando deserto, de algo pode estar certo que mesmo um pequeno grão; onde estiver meu coração, Cachoeirinha e o Rio Una estão perto.

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