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quinta-feira, 19 de abril de 2018





Serei eu um Poeta?
J. Nori



Eu sou o poeta que já escreveu na poeira, na areia, nas paredes e nos jornais, eu sou o poeta que amo a sua poesia, sem hipocrisia, eu a amo assim no mais. Eu sou o Poeta que conhece o Talvegue, quiçá  porque navegue sobre ele o tempo inteiro; eu sou o poeta que faz do coração tinteiro e da alma a pena que escreve poesia. Eu sou o poeta que amo a minha poesia assim como amo a sua, tenho a minha alma nua transparente e delicada, uma poesia escrita e dedicada a um poeta que por certo merecia. Eu sou o poeta ou talvez pense que sou, que canta o amor a minha aldeia e o infinito, eu sou o poeta, que não sei se por acaso, terei meu nome um dia escrito no Parnaso. Sou o poeta das paixões desenfreadas, como as mandas de corcéis a beira mar, sou o poeta que desconhece o medo, como o rochedo que apara a fúria que vem do mar. Eu sou poeta, mas não digo isto a esmo, porque poeto para você e pra mim mesmo. Dizer que sou poeta quiçá não devo, mas como se adoro o que escrevo? Se a minha poesia não lhe agrada, lembre-se que não foi para você que a fiz, deixe-a não a  apague nem a rasgue, por que com certeza ela fará alguém feliz.

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