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sábado, 26 de junho de 2010


Os Louros da Morte.
J. Norinaldo.

O veneno na ponta da flecha lançada,
Que o mundo conserva no jardim do ódio,
Como a flor da papoula conserva no ópio,
As folhas de louros que ornam frontes no pódio.
Outras folhas escondem a desgraça do vício,
E a flecha lançada não volta ao início.

Como a palavra dita a flecha se vai,
Levando na ponta o ódio do mundo,
Plantado profundo no jardim vitalício.
Da folha o veneno levado na flecha...
A vida é ceifada pela foice do ódio,
E também destruída pela folha do vício.

E o desamor continua reinando,
Sem antigos altares para sacrifício,
Nos teatros de guerra com luzes de fogo,
Esquecendo Daquele que inventou o jogo,
Dizendo que Deus está na natureza;
E desta beleza tirando o seu vício.

Cultiva os jardins mantidos em segredo,
A semente do sonho da alucinação,
Parte da humanidade como gado de corte,
Caminha pra morte inalando o perfume;
Alguns que caminham sozinhos pra tumba...
Ao encontro dos vermes, cheirando estrume.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Eu fico com "As folhas de louros que ornam frontes no pódio". Fui...