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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



O Banco da Praça.
J. Norinaldo.



Do outro lado da rua se encontra a felicidade,
Enquanto eu aqui sozinho observo deste banco,
A rua onde brincava há pouco tempo menino,
Faz tanto tempo que aqui espero alguém,
O tempo pintou o meu cabelo de branco,
Há quanto tempo que já sei que ela não vem.

Quando menino e brincava tão alegre lá na rua,
Lembro de alguém que se sentava aqui também,
Imaginava há quanto tempo esperava,
E se na verdade estava esperando alguém,
De quanta tristeza esse banco é testemunha...
De alguém que espera por alguém que nunca vem.

Vejo um pássaro tendo no bico um talinho,
Fará um ninho pra dividir com alguém,
Enquanto eu aqui com meu cabelo branco,
Não fui feliz e nem fiz feliz ninguém,
Se receber este poema pense bem...
Antes de vir a sentar-se neste banco.

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