
Banquete Profano.
J. Norinaldo.
Suprema seja a lei do mais tirano,
Que indica o caminho do cadafalso,
Para aquele que renega o próprio nome,
E se atira ao banquete mais profano;
Bebendo o vinho feito da flor...
Cometendo o crime mais insano.
Se o talo da avenca é fino e frágil,
Quando seca sede o galho para o ninho,
A parreira que dá sombra no verão,
A menina hoje carente de carinho;
Amanhã será a uva para o vinho,
Sem fermento ou a pressa do caminho.
Quem ceifar o trigo antes do tempo,
Quem beber do vinho feito da flor,
Terá sempre um tirano em seu caminho,
Viverá sem conhecer o amor;
Passará nessa vida por passar...
Sem conseguir estuprar a própria dor.
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