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sábado, 6 de agosto de 2011


Destronada.

J. Norinaldo.


Mulher templária que o tempo reveste de glória,

E a história apontava na frente da guerra,

De posse do cetro ao invés da espada;

Não como a Thêmis vedada da mitologia,

Mas, sim como Gaia deusa da fecundidade,

Que a felicidade e a tudo regia.


Quem tirou das Valquírias o poder da escolha,

Em cavalos alados sombreando a batalha,

Prostituiu Madalena por simples capricho;

Imagem trocada no nicho não por cabedal,

E a deusa jacente já não representa...

A escolha do homem pelo bem ou o mal.


Se as primeiras moedas cunhadas na terra,

Que tomaram o lugar das pedras de sal,

Não continham o sinete da deusa vencida,

O comando da guerra mudava de mão;

Não tiraram das divas o poder, no entanto...

Do santo direito de deusas da vida.


A espada presente no pode da Justiça,

E o cetro da deusa atirado ao chão,

No linho o sinete do sangue da virgem,

Com o poder simplesmente mudando de mão;

E a antiga deusa que a tudo regia...

Continua a rainha, da minha poesia.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Lembrou-me Valquíria. A minha Valquiria!... Já não está mais entre nós, passou para o outro lado. Sua materia jaz nas profundezas do rio Paraguai. Abraço, amigo.