
Como Um Brinde.
J. Norinaldo.
Uma paixão, uma lembrança uma saudade,
Um reencontro, velhas feridas que se abrem,
Duas almas separadas por muralhas,
Construídas com as pedras de uma ponte;
O que unia hoje separa sem melindre...
Como um brinde, que se ergue sobre palhas.
Uma lembrança, uma saudade uma paixão,
Uma razão a nostalgia que não passa,
Tão rotineira como as folhas no outono,
Como a maneira que a fantasia se esgarça;
Como cão fiel que segue o dono...
Como um Bride, que é erguido a fumaça.
De onde surgiu a saudade a nostalgia,
Será que um dia isto vai cair de moda?
Ou a vida necessita desse adorno?
Como a árvore que vem forte após a poda;
E a águia troca o bico por mais vida...
Como um brinde, que se ergue ao sangue morno.
Uma saudade, uma paixão uma lembrança,
Uma sombra, uma existência e um cajado,
A fantasia esgarçada pelo tempo vaticina...
Na voz do vento a canção que vem de longe,
Na tez do monge a lonjura de um passado...
Como um Bride, que se ergue a ruína.
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