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quarta-feira, 14 de março de 2012



Desabafo de um Cão abandonado.
J. Norinaldo.


Espera! Não te vás sem me ouvir, sem que eu te mostre o amor que ainda existe, no olhar triste de um amigo que te ama, que não te chama pelo nome de batismo, mas que te lambe as feridas se preciso e que só sabe latir. Espera! Perde um segundo do teu precioso tempo, e admiras um momento de ternura, neste olhar que ansioso te procura, quando abandonas teu amigo a desventura. Espera! Antes de dares as costas e partir, olhas bem se não há neste olhar uma lágrima por ti, por desprezares um amor tão verdadeiro. Espera! Deixa que eu lamba teus pés pela última vez nesta vida, para que não esqueças esta despedida e nem deste olhar que te dedico; vai, podes ir que aqui eu fico, não te importes por que a fome nem o frio me assustam, tampouco a morte ou a dor, tudo é doce diante do desamor , de alguém a quem dediquei a vida. Vai! Sei que sou um pobre diabo, agora sem ter nem pra quem abanar o rabo... A não ser para a morte que me espreita.


1 comentário:

Maria disse...

Meus melhores amigos foram os animais que tive ao longo da vida. Atualmente, tenho 3 gatos e uma cadela que adotei, ela era vítima de maus-tratos e estava muito doente. Tratei e hoje, 8 meses depois, ela está gordinha, alegre e muito bonita.