O Palhaço Solidão.
J. Norinaldo.
Quem sou eu? Sou o Palhaço
solidão! Mas não existem mais circos, já são coisas do passado. É verdade, os
circos já não existem, mas eu Palhaço ainda resto, só não sei se ainda presto
para fazer alguém sorrir; estou aqui pagando uma sentença, durante minha existência
não fiz outra coisa a não ser fingir; e por ter mentido tanto, quantas vezes
com a minha alma em pranto eu fazia você sorrir. Hoje a lágrima no meu rosto
não foi a tinta que escorreu, o pranto agora é meu, não consigo mais fingir.
Acredite, foi por amor que menti, a verdade é que na vida eu mesmo nunca fingi.
O que? Quer que eu sorria agora? Como se a minha alma chora justamente por que
eu nuca sorri. Não! Deixe-me em paz para que meu circo exista, sem leão sem
trapezista, apenas comigo o Palhaço Solidão, aquele que foi um mentiroso
verdadeiro; Hoje o céu é minha lona e o mundo o meu picadeiro.
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