The Kiss of Fire.
J. Norinaldo.
O meu canto se fez pranto e o meu
doce virou fel, quando um beijo de um fogo foi o presente de despedida, nos
lábios da madrugada ceifando da terra a vida. Do sorriso a alegria de repente
tudo passa, somente chama e fumaça e a morte como guia, a escolher ao seu modo
quem fica e aquele que sai, para ver um novo dia e agradecer ao Pai. Só depois
da agonia o retrato da alegria que havia minutos antes, mas nada aqui é perene
e o som de uma sirene tira os pais das insônias já constantes. Enquanto some o
furor cheiro forte de alegria, assume o desespero como o caos num vespeiro, como um passe de
magia, já ninguém se lembra mais o que a canção dizia; se ouve por todo canto:
Valha-me Deus, salve-me Santa Maria.
Beijo é beijo, não importa se de
amor ou traição, beijo de irmão em irmão, beijo por ganhar o jogo, porém o
beijo de fogo que emblema o baile moderno, transforma a noite em inferno
manchando de negro o céu, quando o meu canto se fez pranto e o meu doce virou
fel.
Beijo é beijo sem que ninguém se
importe, na diferença que existe, entre um beijo de desejo e o triste beijo da
morte.
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