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domingo, 7 de julho de 2013

Casa Velha Mundo Novo.



Casa Velha, Mundo Novo.
J. Norinaldo.



Casa velha lá no fundo como o retrato do mundo carcomido pelo tempo, já curtido pelo vento o telhado abriga o nada, ou os fantasmas que há tempos que há tempos coloriam seus alpendres; e o tic tac da vida segue o ritmo do ponteiro, mostrando as meninas velhas que brincavam em seu terreiro, com seus vestidos de chita e fitinha no cabelo. Casa velha mundo novo, menina já velha agora, fantasmas que não assustam como nos contos de outrora e o tic TAC da vida seguindo sempre o ponteiro, não como a ponta da pena que se embebia em tinteiro para contar as histórias para as velhas meninas que brincavam no terreiro, e que em dias de festas rodavam no carrossel, hoje sem seus vestidos de chita, nuas brincam no motel, a vida nem se compara e o tic tac não pára, e esse brinquedo gera um mundo novo e bem grande, e o terreiro se expande mas já não há brincadeira, é já tem mais exemplo; pois tudo hoje é a vera e somente a velha tapera que aparece lá no fundo, é o retrato do mundo carcomido pelo tempo.


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