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domingo, 15 de setembro de 2013


África.
J. Norinaldo.



Este caminho é na África, mas o céu é tão igual, te leva a qual lugar, e não somente a Roma como bem reza o ditado, Roma, Paris Portugal, até o Afeganistão devastado, por este caminho passam os irmãos que não conheço, quiçá até nem mereço por desdenhar sua cor, por desconhecer a dor de quem foi escravizada,  mas saibas meu irmão bravo, que hoje eu sou escravo deste erro do passado. Hoje o atabaque livre encanta minha nação, já não é triste a canção como era na senzala, como a voz da mãe África negra que jamais cala, na voz do branco ou do negro no samba que nos embala. E o senhor hoje é súdito da beleza pela África legada, da mulata bem talhada pelo cinzel artesão, pela alegria herdada dessa gente aqui sofrida,  humilhada, mas mesmo assim ainda tinham fé na vida; e diziam nos seus cantos, aos seus Avatás seus santos, que sua verdadeira fé jamais seria escravizada. Este caminho é na África, mas o céu vejo daqui, o céu será sempre o mesmo se o caminho for mudado, que siga para qualquer lado, a África estará sempre ai.

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