Encanto.
J. Norinaldo.
Existe algo
em ti que tanto me encanta, mas não adianta que não sei o que. As vezes fico
encantado por que tanto encanto me causa prazer, sem na verdade saber o que. Quiçá o teu maior encanto, se cubra com
um manto para de mim se esconder, um manto
que serve de enfeite e de esconderijo como se teu corpo fosse de uma santa; sem
ele serve de deleite para quem te paga e nem te encanta. Ah! Se pudesse um dia
realizar só este desejo, de com um único beijo percorrer todo o corpo que é o
meu encanto; mas duvido muito que o destino meu pedido aceite, enquanto despes
este manto para que outro nele se deleite. Como será que seria a vida, se eu
pudesse ter aquela que me encanta e não sendo santa para mim despida, e eu não
sendo santo, sem saber que alguém vive a sonhar em me ver sem manto? Existe
algo na vida, no entanto que me desencanta; alguém que para comigo age como uma
verdadeira santa, enquanto se livra tão facilmente do sisudo manto e em outras camas a tantos
encanta. Encanto! Eu te imploro, me encanta, não canta enquanto... Por ti eu
choro.
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