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sexta-feira, 9 de outubro de 2015







Encanto.
J. Norinaldo.



Existe algo em ti que tanto me encanta, mas não adianta que não sei o que. As vezes fico encantado por que tanto encanto me causa  prazer, sem na verdade saber o  que. Quiçá o teu maior encanto, se cubra com um manto para de mim se  esconder, um manto que serve de enfeite e de esconderijo como se teu corpo fosse de uma santa; sem ele serve de deleite para quem te paga e nem te encanta. Ah! Se pudesse um dia realizar só este desejo, de com um único beijo percorrer todo o corpo que é o meu encanto; mas duvido muito que o destino meu pedido aceite, enquanto despes este manto para que outro nele se deleite. Como será que seria a vida, se eu pudesse ter aquela que me encanta e não sendo santa para mim despida, e eu não sendo santo, sem saber que alguém vive a sonhar em me ver sem manto? Existe algo na vida, no entanto que me desencanta; alguém que para comigo age como uma verdadeira santa, enquanto se livra tão facilmente  do sisudo manto e em outras camas a tantos encanta. Encanto! Eu te imploro, me encanta, não canta enquanto... Por ti eu choro.

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