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quarta-feira, 4 de maio de 2016




Esta é minha Oração, a que me ensinaram nunca aprendi.
J. Norinaldo.



O Sol tão belo que ora vez, talvez sua imagem se ofusque com a fumaça do meu fuzil ao atirar em alguém que nunca antes vi e que nem antes me viu; é a guerra que reina sobre a terra desde que a separaram por riscos, ou algum tratado vil. Quem a fomenta está longe escondido em seu covil, os jovens que longe tombam sem água no seu cantil, são números no seu caderno que apresentará n inferno a algum tirano civil. Quiçá o jovem que partiu já não verá mais este belo sol, nem a lua, sua amada admirando as cores do arrebol; talvez lhe sobre uma rodela de bronze com a face de um tirano; que ficou de fora olhando e constará para sempre na História do Brasil. O! Senhor será que no mundo já não existem tantas dores? Por que não inventar um fuzil que atire ao espaço flores? Não desejo ser covarde e nem assim ser lembrado, porém apenas sincero; dizendo sempre o que penso mesmo sendo censurado; afinal parte da vida eu também passei fardado. Não tenho uma medalha, nem jamais usarei migalha forjada como moeda em série e quantidade incerta; prefiro ser esquecido sem atirar num irmão, do que ter o peito ornado com figuras de latão.

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