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domingo, 4 de março de 2018






Os Erros da Minha Carta.
J. Nori


Se você não entendeu a mensagem que mandei, pense na dor que sentia no momento de escreve-la, não a amasse e a jogue fora, sem tentar decifra-la e le-la. A dor que embaçava as vistas, como um pesado vel, o gosto amargo na boca, bem mais amargo que fél, desculpa a minha franqueza, talvez vista como fraqueza ou conversa jogada ao léo. Não vou escrever novamente porque não seria o mesmo, quando escrevi a esmo a dor ditando a escrita, sem pensar em letra bonita ou em papel perfumado, como faz um namorado ao escrever a amada, não, eu não pensava em nada a não ser na minha dor tão doída de ter perdido o único amor que consegui nesta vida. Não me arrependo de nada, de ter escrito e enviado, e se serviu de chacota me sinto aliviado, as feridas sempre saram, as dores demoram, mas param, porém um amor bandido deve ser esquecido, abandonado. Não sei se isto é possível, mas me prometi tentar, em você não mais pensar e se isto acontecer vou pensar que você do mundo não é o centro, vou dar um gargalhada mesmo chorando por dentro. Ah! Faz tanto tempo que escrevi esta carta, como queria vê-la agora, se ainda está manchada com as lágrimas dos mesmo olhos que neste momento choram. Será que fostes feliz, eu não fui isso eu garanto, e ao saber que partistes sem alguém especial para te dedicar um pranto, novamente chorei, e novamente me veio a mente carta  que pela dor ao escrever  errei tanto.

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