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quinta-feira, 21 de junho de 2018





Vida, Tempo, Gado e Gente.
J. Nori.



Primeiro passou o tempo e depois do tempo passado, veio o tempo presente pelo futuro esperado, mas ai passou a vida e não foi nada engraçado. Por que o tempo não para e fica aqui no presente assim como uma corrente com cada elo grudado cada um constrói a sua, uns com raios de lua outros com arame farpado; onde está livre escolha de não viver numa bolha e depois morrer sufocado. Se eu queria nascer ninguém nunca perguntou, nunca assinei procuração para o tempo ser meu senhor, qual seria a diferença da minha vida e do gado, eu posso escolher o pasto, mas tenho tempo marcado, posso não ser abatido, mas também sou numerado; posso até não ter porteira, mas também vivo cercado; o gado do mundo se entende, já pra mim é complicado; e o tempo senhor de tudo tanto de mim quanto o gado. Há tempo para nascer e há tempo para plantar, há tempo para colher, a planta nasce e renasce mas eu não vou resnacer; tudo por causa do tempo que não tem tempo a perder. Vida, tempo, gado e gente, luta disputa e fé, é a labuta pela vida, enquanto o tempo quiser.

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