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quarta-feira, 20 de maio de 2009



Desilusão.
J. Norinaldo

Na mão uma flor da alma colhida,
No peito a dor de uma desilusão.
A terra que foge dos pés por momentos,
Na lágrima que rola sem permissão,
Na mão estendida a ofertar uma rosa,
Depois recolhida despetalada no chão.

Os versos escritos com a pena da alma,
O perfume que embebe o fino papel,
Agora no chão sujando a calçada,
A risada que soa com maldade cruel.
Dói como a dor de uma punhalada,
Amarga na boca como um trago de fel,

Os meus versos são pétalas daquela flor,
Fragmentos da alma que tentei juntar,
São retalhos da vida que costurei a mão,
Com os fios trançados no meu coração.
O perfume das rosas que colhi pela vida,
A tinta as lágrimas que chorei de paixão.

O céu continua matizado de estrelas,
A brisa cantando a mesma canção,
Só as ondas do mar quebram longe da areia,
Como a mostrar que o mar ficou mais vazio;
E o meu amor seja apenas um mero castigo...
Mas que a dor passará como passa um rio.

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