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domingo, 24 de maio de 2009



Máscaras.
J. Norinaldo.


A máscara que cobre o meu rosto disforme,
Impede que o sol beije a minha face nua,
Como beijou a face do louco de Khalil Gibran.
Não assusta a inocência com a minha feiúra,
Desse rosto que não sente a brisa de cada manhã,
Minha máscara tem motivo, qual o motivo da sua?

Você que nasceu perfeito e se mascara por prazer,
Por que negar que o sol beije esta formosura tua?
Que adianta ser belo e mascarado se esconder,
Não permitir que a brisa acaricie a tua bela face nua?
As vezes quando sozinho com as mãos retiro a minha,
Mas só com o coração você retirará a sua.

Existem máscaras diversas, assim como existe a minha,
Feita sob medida para alguém que necessita se esconder,
Um rosto que fere a sensibilidade assusta com cicatrizes,
Outras disfarçam o caráter que o próprio rosto envergonha;
Existe máscara medonha que engalana, engana e causa dor,
Mascarados desse tipo mentem ao dizer que são felizes.

Mascaram a própria vida, se escudam na covardia,
Disfarçam a própria tristeza com máscara de alegria,
Por trás de cada máscara há um olhar assustado,
Existem máscaras pintadas outras que nascem no rosto,
Existem máscaras e máscaras existem rostos e rostos...
A minha eu sei que existe para esconder meu desgosto.

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