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sábado, 14 de novembro de 2009

Os Cães.
J. Norinaldo.

Na hora da caça do perigo eminente,
Da garra da presa da fera acuada,
Na tensão do silencio na hora da morte,
Com toda coragem os cães vão à frente,
Depois o banquete com a fera abatida,
Os convivas se fartam e os cães na corrente.

Na hora da busca da água para sede,
Da terra que pare o trigo pro pão,
Os cães vão à frente farejando o caminho,
O homem sozinho não conhece o chão,
Na hora da fuga da água que inunda...
O homem na frente e os cães no porão.

Na hora da guerra no front do combate,
Quem fica a sombra ordena a chacina,
E os cães vão à frente a ceifar outras vidas,
Pra quem fica a sombra ganhar as medalhas,
Para os cães que voltam sobram as migalhas...
E um canto qualquer pra lamber as feridas.

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