A Sombra dos Miseráveis.
J. Norinaldo.
Vago entre milhões de invisíveis,
Divisíveis, numerados miseráveis,
Cujas sombras manchas ralas transparentes,
Disfarçadas em imagens descartáveis,
Transeuntes de um mundo de fantasmas,
Arrastando-se como sombras de serpentes.
Toscas tochas que iluminam o proscênio,
Fazem dançar na parede a sombra rude,
Dançarinas do teatro dos horrores,
E o dedilhar do mais horrível alaúde,
Ao som de cascos batendo sobre tambores,
Cordas de tripa esticadas num ataúde.
Dançam miasmas a espera do banquete,
Germes sem nomes no entanto bem visíveis,
Seres horríveis que se alimentam da morte,
Bem necessários pra livrar os descartáveis,
Da podridão que os torna miseráveis...
E a certeza que em fim, serão indivisíveis.
J. Norinaldo.
Vago entre milhões de invisíveis,
Divisíveis, numerados miseráveis,
Cujas sombras manchas ralas transparentes,
Disfarçadas em imagens descartáveis,
Transeuntes de um mundo de fantasmas,
Arrastando-se como sombras de serpentes.
Toscas tochas que iluminam o proscênio,
Fazem dançar na parede a sombra rude,
Dançarinas do teatro dos horrores,
E o dedilhar do mais horrível alaúde,
Ao som de cascos batendo sobre tambores,
Cordas de tripa esticadas num ataúde.
Dançam miasmas a espera do banquete,
Germes sem nomes no entanto bem visíveis,
Seres horríveis que se alimentam da morte,
Bem necessários pra livrar os descartáveis,
Da podridão que os torna miseráveis...
E a certeza que em fim, serão indivisíveis.
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