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segunda-feira, 4 de outubro de 2010




Gestação.
J. Norinaldo.


O vento que agita o espelho do lago,
E sopra a vela do barco sem rumo,
A lágrima que molha o lenço na partida,
O fruto que acolhe no âmago o sumo;
O orvalho roreja a flor na manhã...
A água presente a gestar a vida.

A cascata canta ao descer o monte,
Por baixo da ponte mais água a correr,
A fonte borbulha ao nascer o rio,
E em cada riacho artérias da vida,
Que a terra precisa pra sobreviver;
E a chuva que faz tanta vida crescer.

A terra sem água estéril seria,
Será que um dia ainda vai ser?
Se a mãe da vida secar de uma vez
Por insensatez de um descuido qualquer,
Se o homem esquece a origem da vida...
Poluindo a água e maltratando a mulher.

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