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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011



Pétalas no Chão.
J. Norinaldo.



Arrumei um lindo buquê de rosas,
Para entregar ao meu amor,
Imaginem a minha dor quando alguém diz,
Que te fostes para sempre com alguém,
Que com certeza não te quer como te quis.

Voltei com meu buquê tão perfumado,
Arranjado com tanto amor e carinho,
Bati tanto com ele pelo chão,
Que além de me dilacerar a mão,
Restou-me apenas um buquê de espinho.

As pétalas espalhadas pelo chão,
Como a dizer: por favor o que eu fiz?
Que culpa tenho eu da desventura?
Eu estava em meu jardim tão feliz,
Agora sou pisoteada com loucura.

Vê se de hoje em diante pensas bem,
Antes de entregar a alguém teu coração,
Novas rosas nascerão em teu jardim,
Teu sofrimento um dia terá um fim...
Enquanto eu fico esmagada aqui no chão.

Os galhos com espinhos eu plantei,
Estou só esperando florescer,
Recordando aquelas pétalas no chão,
Novamente farei um outro buquê,
E sem medo de enganar meu coração...
Com paixão enviarei pra você.



1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

"Colhemos o que plantamos" - ouvimos isso a vida inteira. A sua poesia diz: "Os galhos com espinhos eu plantei," - logo concluiríamos que...! espinhos seriam colhidos? Não. É só esperar florescer... um buqê surgirá. É a poesia contrariando o dito popular. Parabéns Norinaldo - Abração.