Diz-me quem és. J. Norinaldo. O grito do silencio no sino sem badalo, O valor do vassalo que bajula o rei, Diz-me quem te julga e direi quem tu és, Responde aquilo que te perguntei; Mostra-me o caminho que sempre busquei... Diz-me por quem oras e estarei aos teus pés. Diz-me com quem andas e direi aonde vás, Se chegarás, isto eu não poderei te dizer, O caminho é incerto e atalhos terás, Verás os sinais com os olhos da vida; A estrada é comprida e quem vem atrás, Seguindo tuas pisadas não se sente perdida. E o grito do silencio no sino sem badalo, Que conclama ao poucos ainda de pé, Aos loucos que escutam a voz do silencio, A recitar o poema que nos ensina a ter fé; A poesia é o sermão que Ele fez na montanha, O poeta é o homem que veio de Nazaré. Diz-me o que pensas e direi se existes, Vai que um dia ele volte e nos encontre aqui, A verdade não tendes, por que não a conheces, E bem sabes pra Ele não se pode mentir; Diz o que farás e eu farei contigo, Seremos perdoados por mentirmos nas preces?
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