A Esfinge na Roda de Metal.
J. Norinaldo.
Sou parte de um exército faminto,
Num teatro de guerra mais bandido,
Lutando com gigantes de verdade,
Cuja arma é a roda com esfinge;
No retângulo de papel está escrito:
Em Deus eu acredito, mas só finge.
Na batalha prossegue o contingente,
Na louca busca pela roda do real,
Que gira sem precisar do vento;
As engrenagens do moinho do mal,
Protegidos por escudos de fumaça...
Contra a espada e a balança de metal.
Os canhões já não troam com antes,
O portão da fortaleza é resistente,
Mudou-se a estratégia do ataque;
Não se prende o escravo com corrente,
Basta ensinar o incauto a fazer saque...
Com o cheque do emissor ao emitente.
E o campo vai ficando enlameado,
Pelo sangue do soldado ignorante,
Para enfeitar de medalhas os senhores,
E a lama engraxa o eixo da terra;
Que gira em torno do grito de guerra...
Que estronda nas bolsas de valores.
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