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quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth.
J. Norinaldo.


Hoje morre o sonho de uma geração,
Fica a recordação da beleza frugal,
Uma mulher tão amada, não sei se feliz,
A mais bela atriz da minha matinê,
Só consigo dizer o que minha alma diz...
Como muito meninos eu amei você.

Mas o tempo é cruel e não perdoa ninguém,
E pra você também esse tempo passou,
Escreveu no seu rosto o poema mais triste,
Que o espelho não esconde mesmo causando dor,
Amei-te como uma estrela que só sei que existe,
Hoje o mundo está triste esta estrela se apagou.

A Megera Domada que alguém inventou,
Se megera tu eras teus olhos mentiam,
Os meus olhos brilhavam de felicidade,
Quando numa tela os teus olhos viam;
O amor de um menino que nem conhecias,
Meus olhos não mentem choram de saudade.

Deusa viva na terra o meu muito obrigado,
Por ter acalentado o meu sonho menino,
Por ter enfeitado a capa do meu caderno;
Sei que viverás na calçada da fama,
Para este velho menino que ainda te ama...
Deixo estes rabiscos e o meu amor eterno.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Sensacional!!!
Descreveu fielmente o que Elizabeth representou para nossa geração, acalentou demais o nosso sonho de menino. Foi domada... pelo tempo(ele é implacável)... a Megera. Só posso dizer - parabéns poeta J. Norinaldo.