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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012





Medo do Fim.
J. Norinaldo.


Às vezes sinto vontade de enrolar o meu caminho, fazer um travesseiro e me deitar, fechar os olhos e refletir sobre o que ficou para trás, e se pelo o que há de vir vale a pena o prosseguir, o anseio ao imaginar em cada curva, um abismo ou um lobo a minha espera, um grito de pavor, de dor ou de loucura; de um a pai açoitado pelo filho, ou de soldados a correr para o sarilho para matar seu irmão outro fardado, mas que usa uma farda diferente. As vezes meu pavor não tem limite, mesmo que eu evite refletir, no que há depois da curva da estrada, mesmo sem gritos de pavor, loucura e dor, e nenhum lobo a me espreitar, mas a beleza da vida o arrebol, todo esplendor de um belo por do sol, a felicidade que tanto procurei, tudo isto a esperar por mim, e uma placa bem grande escrito FIM.

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