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quinta-feira, 7 de março de 2013




A Dívida Final.
J. Norinaldo.


Quando cessam os murmúrios dos fantasmas, e os miasmas formam fontes pelo chão, como estigmas de ferrugem nas espadas, como escadas que levam sempre ao porão; no hálito do vento moribundo que o mundo produz pelos vulcões, nos mares de lama que avançam e se lançam sobre as multidões, daqueles que esqueceram o altruísmo e caminham direto ao abismo sem ter mais Deus nos corações. E na volúpia da noite mais escura a loucura se traveste de razão a abóbada do templo já não brilha o esteio mais forte que era a família faz parte da lama do vulcão, o amor de irmão sacia irmão o pastor perde a idéia do bastão e o pilar que sustenta uma nação vira lama e escorre pelo chão. Não há tempo para arrependimento, de nada vale a contrição e nem a lembrança da fartura, somente o sorriso da loucura que nem sabe o que é perdão, talvez sejam os loucos tão felizes por que não entendem quando dizes que a loucura é a perda da razão.

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