A Floresta da Casinha.
J. Norinaldo.
Era uma casa tão bela, mas era engraçada, não era uma casa
na floresta, mas havia uma floresta nela, e as trepadeiras em vez de enfeitar
portas e janelas, e não por acaso assim como um vaso saiam por elas. O gramado
não é no jardim, são suas paredes cobertas de grama, juro que não foi um sonho
e as folhas mortas são tapetes e cama. A sombra não é do telhado, mas de um teto
de folhas de árvores frondosas, a musica não vem de um rádio e sim dos galhos
altos, do canto de aves lindas e maravilhosas; nos galhos mais finos os
passarinhos fazem os seus ninhos onde os filhotinhos vem fazer depois, até
parecem compreender que ai foi o ninho que abrigou nós dois. Ah! Quanta saudade
ao olhar as grades hoje na cidade que vivo enjaulado, todo dia choro somente ao
lembrar, que aqui não ouço mais o belo canto do meu sabiá. E a minha casinha
coberta de mato, hoje é o retrato da ingratidão, Meu Deus o que foi que fiz, esqueci de vez aquela casinha onde fui feliz e
hoje é apenas uma recordação.
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