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segunda-feira, 12 de agosto de 2013


A Floresta da Casinha.
J. Norinaldo.



Era uma casa  tão bela, mas era engraçada, não era uma casa na floresta, mas havia uma floresta nela, e as trepadeiras em vez de enfeitar portas e janelas, e não por acaso assim como um vaso saiam por elas. O gramado não é no jardim, são suas paredes cobertas de grama, juro que não foi um sonho e as folhas mortas são tapetes e cama. A sombra não é do telhado, mas de um teto de folhas de árvores frondosas, a musica não vem de um rádio e sim dos galhos altos, do canto de aves lindas e maravilhosas; nos galhos mais finos os passarinhos fazem os seus ninhos onde os filhotinhos vem fazer depois, até parecem compreender que ai foi o ninho que abrigou nós dois. Ah! Quanta saudade ao olhar as grades hoje na cidade que vivo enjaulado, todo dia choro somente ao lembrar, que aqui não ouço mais o belo canto do meu sabiá. E a minha casinha coberta de mato, hoje é o retrato da ingratidão, Meu Deus o que foi que fiz,  esqueci de vez aquela casinha onde fui feliz e hoje é apenas uma recordação.

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