O Túnel do Tempo.
J. Norinaldo.
No túnel do tempo o tempo não
pára e rara é a luz que no fundo aparece, perece de tédio quem de tempo carece
e não merece uma prece por falta de tempo. No túnel do tempo o ponteiro sobe e
desce, e mui raro aparece a luz que aquece, no túnel do tempo não há tempo a
perder, se quer sempre subir, pois ninguém quer descer, na curva do túnel a vã
esperança, da luz da bonança e da felicidade, como se o túnel do tempo fosse a
tempestade. Avilta-se o tempo e o
vendaval, tudo é culpa do tempo um sujeito mal; quando se é menino sonha-se
crescer para ter liberdade, se o tempo parasse seria maldade, mas o tempo passa
criando saudade, até que o próprio tempo apressa o passo e vai ligeiro demais,
e chega a velhice que esse tempo faz, e até as saudades que ficaram para trás,
o velho do tempo já nem lembra mais. Na saída do túnel, muitos queriam poder
voltar, pois a luta acabou para tentar sair, tanto tempo lutando pelo lado de
fora, e agora saindo não tem para onde ir. Mas ainda dá tempo de olhar para
trás e ver que o túnel não existe mais.
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