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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013



O Túnel do Tempo.
J. Norinaldo.



No túnel do tempo o tempo não pára e rara é a luz que no fundo aparece, perece de tédio quem de tempo carece e não merece uma prece por falta de tempo. No túnel do tempo o ponteiro sobe e desce, e mui raro aparece a luz que aquece, no túnel do tempo não há tempo a perder, se quer sempre subir, pois ninguém quer descer, na curva do túnel a vã esperança, da luz da bonança e da felicidade, como se o túnel do tempo fosse a tempestade.  Avilta-se o tempo e o vendaval, tudo é culpa do tempo um sujeito mal; quando se é menino sonha-se crescer para ter liberdade, se o tempo parasse seria maldade, mas o tempo passa criando saudade, até que o próprio tempo apressa o passo e vai ligeiro demais, e chega a velhice que esse tempo faz, e até as saudades que ficaram para trás, o velho do tempo já nem lembra mais. Na saída do túnel, muitos queriam poder voltar, pois a luta acabou para tentar sair, tanto tempo lutando pelo lado de fora, e agora saindo não tem para onde ir. Mas ainda dá tempo de olhar para trás e ver que o túnel não existe mais.

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