Ao Poeta Africano Lucas
Lahissane.
J. Norinaldo.
De um simples banco eu vejo o rio
passando, como a vida que cada vez fica menor, sinto a calma da água neste
leito deslizando e a certeza que jamais estarei só. Nesta sombra que um dia já
foi fruto e foi semente, a vida sente a beleza do passar, mesmo na incerteza de
onde chega, diferente do rio que vai para o mar. De um simples banco sob a
sombra da semente, como o banco que foi semente e deu fruto, que vira flor e
madura, vejo a mais bela gravura do Pintor absoluto. Nessa sombra que foi
semente e dá flor, lá na Mãe África, um poeta o rio passando ver, e se encanta
com a sábia natureza que dá ao rio tanto mar a escolher. Adoro sonhar por que o
sonho é fantasia, agora sonho como sonha um ser humano, sentado neste banco com
um poeta africano falando de poesia. Lucas Lahissane vou ser bem claro e muito
franco, te invejo por conhecer esse banco, e a sombra que foi semente, ofereço
este poema a tua gente sem pensar se tu és Negro ou Branco.
2 comentários:
Belo texto amigo poeta Norinaldo. Também, bela homenagem ao poeta africano. O fato de ser branco ou preto...é absolutamente insignificante, afinal a poesia está na alma, não na pele!
Enviar um comentário