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domingo, 2 de março de 2014



O Trem para antigamente.
J. Norinaldo



Nada é hoje como antigamente e somente a chuva em nada mudou no andar da vida, o que tinha ontem hoje já não tem, o beijo o abraço no chegar  do trem, ou no triste apito de alguma partida. Somente a chuva cai como caia nos tempos já idos, pingentes brilhantes mas que viram lama depois de caídos. Ah! Quanta saudade de quando ainda era um menino, e ouvia o sino de um trem que partia, como uma serpente rompante que vai  para bem distante, mas que volta um dia. Alguém se beija na plataforma e outro alguém informa que o trem vai partir, ah! meu lugar é aqui  o passado passou e o que me restou é sonhar com o porvir e  viver o presente, mas ah! Como eu sonho assim de repente, que o trem apitasse e me carregasse de novo... Para o antigamente. 

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