O Trem para antigamente.
J. Norinaldo
Nada é hoje como antigamente e
somente a chuva em nada mudou no andar da vida, o que tinha ontem hoje já não tem,
o beijo o abraço no chegar do trem, ou
no triste apito de alguma partida. Somente a chuva cai como caia nos tempos já
idos, pingentes brilhantes mas que viram lama depois de caídos. Ah! Quanta
saudade de quando ainda era um menino, e ouvia o sino de um trem que partia,
como uma serpente rompante que vai para bem
distante, mas que volta um dia. Alguém se beija na plataforma e outro alguém informa
que o trem vai partir, ah! meu lugar é aqui o passado passou e o que me restou é sonhar
com o porvir e viver o presente, mas ah!
Como eu sonho assim de repente, que o trem apitasse e me carregasse de novo... Para
o antigamente.
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