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sábado, 29 de março de 2014



Tapete de Esperança.
J. Norinaldo.



Com os pés descalços caminhei sobre o mais belo tapete natural, sem desenhos sem cordas de sisal,  não o vermelho como o vermelho da glória, mas o verde da esperança que se implora de olho no vermelho mais a frente; a cor da esperança é diferente e vem da terra, não é como o sangue da batalha, ou como o fogo que espalha o tapete no teatro da guerra. Senti o macio que é prova, no tapete que na natureza se renova a cada chuva que vem saciar a sede, e eu pergunto meu Deus o que fizeste, pois tem gente lá no meu nordeste, que passa anos sem ver este tapete verde. O que será que quis dizer a história, com o vermelho significando glória; a glória da guerra e da vingança, o meu tapete é de esperança, e o meu sonho desde o tempo de criança, é que o verde um dia cubra a terra. Com os pés descalços e a alma nua, livre como os raios da lua nas crinas do vento sou ginete, esqueço o vermelho da glória e seu topete, e sigo caminhando descalço em meu tapete, da esperança que será sempre verde.

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