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domingo, 27 de julho de 2014



O Beijo do  Colibri.
J. Norinaldo.


Por mais velho o  colibri a flor não lhe nega um beijo, e nem se do seu néctar  muda o sabor; quem ensinou para a rosa que o beija flor a reproduz como flor, como esse beijo de amor faz nascer outras roseiras? Por que o velho beija flor jamais morrerá a míngua enquanto tiver a língua para beijar uma rosa; assim como o poeta que ainda tiver idéia pra escrever uma prosa, uma flor mesmo que murcha e já sem nenhum perfume, marca o diário de alguém um  momento inesquecível onde o amor é possível entre o colibri e a rosa. Por mais velha que seja a rosa o colibri reconhece, que de  uma semente cresce uma roseira fecunda, como o riacho que um dia será rio e outro dia o  mar inunda. Um dia na terra já não haverá entre humanos o beijo, apenas luxuria e desejo e outros males que há de vir, porém enquanto existir, uma roseira no mundo, haverá  acredite...O beijo do Colibri.


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