Rosa Vermelha.
J. norinaldo.
Por trás do castelo a rosa congela,
singela sozinha, mas sem dor, se olharmos com o olhar de um poeta, na paisagem
só ela é que tem cor, a rosa vermelha ao
sol ou sob o gelo, será sempre o símbolo do amor. Na imensidão da brancura da
geleira, e dos castelos que leva o olhar insistente a cegueira, encontrar uma
rosa congelada, mantendo ainda a cor avermelhada como uma deusa emoldurada, a
espera de um lindo beija flor; é como quem busca no maior deserto o único Oasis
onde vive seu amor. Uma vez caminhando pelo parque, encontrei uma rosa vermelha
sobre um banco, já murcha e talvez já sem perfume, peguei-a e senti ciúme ou
pena de quem a desprezou. Algo que nunca
me saiu da memória, o que me disse um velho sábio, uma rosa fora do jardim,
sempre terá uma história. Muitos já
passaram nesta vida, pelo maior momento de dor, ao ver quem amava loucamente,
coberta de pétalas do símbolo do amor. A
rosa gelada não morreu enquanto o gelo a conservou, depois que o frio for
embora, o castelo continuará branco, mas assim com a rosa que encontrei naquele
banco, vermelha mesmo murcha será sempre o símbolo do amor.
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