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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Tempestade


Tempestade.
Sara Levy Lima.

Sinto-me perdida na imensidão do oceano
naquele lugar onde não há um ser humano.
As vagas, imponentes, esmagam-se contra o pequeno veleiro,
e eu, só...
...sem ter marinheiro que conhecesse aquele mar profundo.
O vento, rugindo, ameaça maior tempestade ainda
ao sentir aquela noite que já finda.
O mar parece louco... furioso com a minha ousadia,
fugir? inpossível covardia!
perder-me-ia naquela imensidão.
Fugi para um canto e de meus lábios brotou uma oração.
Senti então sobre meu ombro, suave mão...
era de alguém que de mim se recordava.
Com sua chegada, a tempestade amainava
e suavemente, envolveu-me nos seus braços
encostou minha cabeça no seu peito.
Assim esqueci a tempestade avassaladora
ao sentir tal presença acariciadora.
Fechando os olhos, suavemente
senti que me acalmava docemente.
Até que, por fim acordei
e tristemente vi que sonhei...
era belo demais p'ra ser verdade
tudo aquilo que era fruto da saudade.
E o mar, impiedoso mais bramiaao sentir aproximar-se um novo dia

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