Amor de Carnaval.
J. Norinaldo.
J. Norinaldo.
Meu bloco se foi e eu fiquei,
Sentado ao meio fio chorei,
Ao ouvir uma marcha do passado,
Quando realmente fui feliz,
Pergunto o que será que fiz,
Para está agora abandonado?
A minha fantasia de palhaço,
De retalhos de dor eu mesmo faço,
A máscara da própria solidão,
Ouço já longe a batucada,
Do bloco que não me lembra nada...
A não ser a dor da desilusão.
Ainda sonho que até quarta feira,
Renasça das cinzas da fogueira,
Que queima este peito sofredor;
E lá se foi o meu bloco e eu fiquei,
Com meu pranto em ritmo de dor,
Por este alguém que tanto amei.
Amor de carnaval é como chuva de confete,
Por mais forte que caia, não molha o chão,
Meu pobre coração já não suporta mais,
Tantos carnavais, tantas desilusões;
Lá se foi meu bloco e aqui lembrando...
De outro bloco que tanta dor me traz.
1 comentário:
Vamos botar o bloco na rua agora. Tenho certeza que a inspiração do poeta, transcrita nos versos, seja tão somente poesia e não tenha relação alguma com o momento que vive J. Norinaldo. Abraço amigo.
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