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domingo, 24 de julho de 2011


A Curva da Foice.

J. Norinaldo.

A quem teve tudo que a vida oferece, mas que acreditava que a felicidade está escondida no vidro da mesa, em tiras fininhas como estranha escrita, que para decifrá-las os olhos não bastam, sentir o seu cheiro inalado fundo renegando o mundo e a vida ofertada; a última curva no fio da foice deixando os rastros na poeira branca. E o mundo segue chorando seus astros, buscando nos rastros o indecifrável, da estranha escrita que nuca se apaga, e com a foice afaga cada miserável.

No tampo da mesa, está o veredicto, com o cartão escrito em cada tirinha, tentar decifrá-lo em quem já tentou, e na curva da foice se encontrou com a morte, que é muito mais forte que qualquer escrita, não provando o cheiro buscando a receita, vislumbrando a trilha da curva perfeita que aponta a porta da tumba que espreita.

A quem teve tudo que a vida oferece, mas não viu a Prece que Ele ensinou que a felicidade está dentro de nós, e que a única voz que ouve é do amor, e que a mensagem é livre, linda e sem segredo, em letras graúdas e está sempre aberta; quem cifra o que escreve é por que tem medo, que um dia a verdade seja descoberta.

O que está escrito no vidro da mesa, quem sabe foi a Besta quem escreveu a coice, mórbida alquimia que leva os incautos, ao encontro da morte na curva da Foice.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Foi-se embora... na primeira curva, da foice. Preço alto para uma pseudo felicidade, não vale apena. Abraço, amigo.